Sabe aqueles lugares que você sempre se imaginou visitando? Versailles era um desses pra mim. Desde que assisti ao Marie Antoinette da Sophia Coppola que fiquei ligeiramente obcecada pela história dela e consequentemente, do lugar, e a ideia de poder pisar onde ela viveu me deixava encantada.

Conheci Versailles na primeira vez que estive em Paris, em 2011. E como costuma acontecer quando a gente idealiza muito um momento, me decepcionei. O lugar estava lotado, mal conseguia andar nos corredores e toda a magia que eu tinha criado na minha cabeça foi quebrada por ordas de turistas orientais com suas mil câmeras e sua mania de não respeitar o espaço do outro. Fiquei frustrada, mas ainda assim amei ver de perto os portões dourados (impossível passar por eles e não fotografar!), os papeis de parede rococó e os entalhos nas portas e móveis.

Acabei voltando com Leo em 2012, no meio do inverno, e aí a experiência foi bem diferente! Era início do nosso namoro, o château estava vazio dessa vez e fiquei tão feliz em poder olhar tudo sem pressa que a trilha do filme tocava na minha cabeça enquanto andava por lá. Ir a Versailles no inverno quer dizer que os jardins não estarão tão bonitos, mas ao menos você vai poder conhecer os interiores calmamente. Vocês sabem que eu adoro voltar a locais onde já estive, né? Parece chato pra muita gente, mas eu amo lembrar do que estava acontecendo na época em que estive ali pela última vez e também conhecer mais um pouco – eu nunca zero os lugares, gosto de ter motivos pra voltar.

Em setembro de 2014 foi a vez de visitar Versailles com meu grupo de viagem. Lembro dessa como uma visita alegre: eu estava muito feliz em ter aquelas pessoas ali comigo, em estar apresentando a elas um dos meus lugares favoritos no mundo. O dia estava quente, com um sol lindo e tínhamos um guia pro nosso grupo que era super querido, deixou tudo mais divertido. Foi dessa vez que pisei pela primeira vez nos famosos jardins. Não deu pra passear muito por lá, mas sabia que logo logo voltaria pra finalmente explorar o paisagismo de Versailles.

Em junho desse ano voltei a Versailles. Mais uma vez lotado, como da primeira vez, mas como todo mundo já conhecia o palácio isso não incomodou: passamos para rever nossos cômodos favoritos (a sala de espelhos e o quarto de Marie Antoinette no meu caso – clichê né!?) e saímos rápido pro jardim. Eu, Leo, Bia na barriga (que eu nem sabia que era menina na época) e Gui, no dia em que anunciamos nossa gravidez. Alugamos um carrinho elétrico e foi o dia mais divertido da viagem. Conheci o jardim todo, o palacete onde Marie Antoinette vivia, tiramos fotos na cozinha brincando de ser os cozinheiros do palácio, apostamos corrida no carrinho, comemos sanduíches nas escadas do jardim, apertadinhos porque a sombra era pequena, comemos macarons no templo do amor, rimos muito! Registramos um pouquinho pro nosso #OCEAC viaja:

Versailles fica super perto de Paris. Para chegar é só pegar o trem RER C em direção ao Château e o trajeto dura 20 minutos (dica de amiga: compre o ticket da volta assim que chegar a Versailles – quando você sair do château as filas estarão ridículas!). Comprando a entrada antes pela internet você costuma cortar fila, e se não for inverno vale a pena comprar o ticket que dá pra visitar também os jardins (mais caro).

Passe um dia em Versailles, não visite com pressa. Se planeje pra andar muito nos jardins com sol, use roupas confortáveis e leve seus óculos de sol. Se gostar da história vale alugar um audioguide na entrada pra saber mais sobre cada sala.

Imagino que minha próxima vez por lá vai ser pra apresentar Versailles pra uma pessoinha bem especial ;D