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Lifestyle

O que podemos aprender com Chimamanda Ngozi

04.10.2017
Redação Chata de Galocha

Chimamanda Ngozi Adichei é um nome que, caso você não reconheça de cara, certamente já teve contato de forma indireta por aí. A escritora nigeriana de 39 anos é uma mulher que representa muitas outras mulheres, colocando em pauta discussões sobre igualdade gênero, preconceito, racismo e, mais do que tudo, incentiva mais vozes femininas a defenderem seus direitos e tomarem partido nas questões pelas quais lutamos há tanto tempo.

Se você é fã de Beyoncé, com certeza já recitou em voz alta o monólogo de Flawless, né? Pois é, aquela citação é retirada de um dos TED’s de Chimamanda, que se chama “We should all be feminists” – frase também usada para estampar t-shirts da Dior há algumas temporadas. Desta palestra, saiu também o livro Sejamos Todas Feministas, um dos mais lidos da escritora no Brasil.

Chimamanda nasceu na Nigéria e aos 19 anos mudou-se para os Estados Unidos para estudar na Filadélfia. Ao chegar no novo país, ela percebeu como sua cor, costumes e origens eram estereotipados. Dessa experiência, veio uma de suas palestras mais assistidas no TED: “O perigo de uma história única” que alerta justamente para o uso dos estereótipos sobre o que não conhecemos e não procuramos entender. Ela tomou para si o papel de desmitificar, por meio de seus livros e palestras, o local de onde veio.

Discriminação e igualdade de gênero também são lutas que Chimamanda abraça. No TED “Sejamos todos feministas”, que citamos acima, a escritora fala sobre a importância do movimento feminista para a sociedade, mostrando que, sim, é preciso entendê-lo, abraçá-lo e levar o discurso ao maior número de mulheres possível.

O livro que leva o mesmo nome ganhou uma continuação: “Para educar crianças feministas” (quem segue a Lu no Stories viu que ela estava lendo!) e é um livro-carta que a autora publicou por causa de uma amiga que lhe perguntou como passar para sua filha os valores do movimento. É uma carta publicada para ela e, claro, para todas nós que convivemos com crianças, independentemente de sermos mães.

Como uma mulher negra, racismo também é uma pauta importante nos seus discursos. Ela vê na sua profissão uma maneira de intervir nessas situações de preconceito, desigualdade racial e gênero. Pra ela, ser feminista é algo que te faz ter consciência da forma como as mulheres são tratadas e da maneira que criaram mulheres para se sentirem menores que os homens.

Muitas pessoas descrevem suas personagens como “mulheres negras fortes”, mas para escritora, essa força da mulher negra não é novidade, é algo que ela sabe que existe e admira desde sempre, é uma realidade que muitos ignoram e que não é exceção.

Com seus livros, ela que quer você pare, pense e aprenda sobre um movimento é que de suma importância para a evolução da sociedade atual. Um movimento que pode ajudar na criação das crianças dessa geração para que elas já nasçam entendendo e respeitando a igualdade de gêneros.

A gente leu em uma entrevista que Chimamanda perdeu leitores ao começar a falar sobre feminismo – o que prova que o caminho para o movimento ainda é bem longo e não deve ser abandonado.

Chimamanda é uma dessas mulheres que mostram força, poder e influência em cada palavra que escrevem. É uma mulher pra lá de importante para a nossa geração e também para as futuras que vêm por aí. Estes são os livros da autora que vocês podem encontrar no Brasil:

– Sejamos todos feministas
– Para educar crianças feministas
– Hibisco roxo
– No seu pescoço
– Americanah
– Meio sol amarelo

Leiam as publicações dela, passem para a frente, depois leiam de novo. Ela é uma mulher que tem muito a dizer e a gente, o tempo todo, tem muito a escutar e aprender! 

11 Comentários  |  Deixar Comentários

Comentários:
  1. ZILANDRA BATISTA RODRIGUES    04/10/2017 - 15h20

    que post incrivellll

  2. Cássia Lopes    04/10/2017 - 18h15

    <3 Queria parabenizar toda a equipe chata de galocha. O conteúdo está a cada dia mais interessante. Vai além da moda, das makes… Até mesmo nos posts de moda a gente vê meninas negras, plus size. Vê representatividade. Isso é muito legal. Mostra que além da logo o blog mudou e está mudando para muito melhor. Parabéns!

  3. Gizelly    05/10/2017 - 10h33

    Que negra linda !!!!!
    Com certeza uma inspiração

  4. Emanuel    05/10/2017 - 12h48

    O nome é Sejamos TODOS feministas. Porque uma coisa que ela tenta fazer as pessoas entenderem é que o feminismo é uma luta de Todos,é feminismo por que foram as mulheres que se levantaram para iniciar essa luta porque elas são as que mais sofreram durante todo esse tempo mas isso não que dizer que seja uma luta só das mulheres mas sim de todos que lutam e acreditam na igualdade.

    • Lu Ferreira    07/10/2017 - 14h33

      Conte-me mais sobre feminismo, Emanuel…

  5. Maria Paula de Carvalho Ewald    05/10/2017 - 15h59

    Que texto incrível! <3
    "é preciso entendê-lo (o movimento feminista), abraçá-lo e levar o discurso ao maior número de mulheres possível."

  6. Lívia Santana    05/10/2017 - 17h46

    Amei a indicação e amei conhecer um pouco da história dessa mulher, certeza que vou colocar na lista de livros futuros.

  7. Priscila    06/10/2017 - 15h11

    Muito amor por este post!!!

  8. Beatriz pereira da silva    09/10/2017 - 12h14

    Eu simplesmente amo a Chimammanda, já assisti as palestras dela, as entrevistas, tenho quase todos os livros dela, só falta ler eles agora!

  9. Brenda    11/10/2017 - 15h48

    Chimamanda é tão incrível! Um exemplo de mulher <3

  10. Mariana-    20/10/2017 - 13h51

    O Americanah foi um alento durante meu intercâmbio… eu me identificava muito com os relatos de uma mulher vinda de um país de “terceiro mundo”, enfrentando os desafios de inserção em um país “”””civilizado”””, uma diferenciação que o tempo todo era reforçada para a personagem e para mim também. Uma leitura muito reconfortante, na distância e no estranhamento,

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