Sempre que volto de uma viagem mais longa acontece a mesma coisa: volto achando o apartamento lotado de coisas! Objetos que não uso tanto assim, roupas demais, quatro variações do mesmo modelo de sapatos…
Acho normal irmos acumulando coisas ao longo do tempo, mas depois de ficar semanas vivendo com uma mala é natural chegar e ver a parede lotada e ficar meio impressionada com aquilo. Falar que ninguém precisa de tanta coisa é batido, mas mais do que isso, quando a gente tem tanta coisa assim, tudo deixa de ser especial, né?
Eu ganhei vários presentes fofos de casamento, e um dos que eu mais gostei foi um conjunto de tigelas. De plástico, elas ficam encaixadas uma em cima da outra, cada uma de uma cor, é lindo! Sempre quis esse conjunto (sou meio maluca com coisas de cozinha, hihi), mas é uma daquelas coisas que só ganhando de presente mesmo, não tinha coragem de gastar tanto em tigelas. Gostei tanto delas que sempre que vou fazer alguma coisa invento uma desculpa pra usar uma do jogo, pareço criança com brinquedo novo. Não é ótimo que uma coisa tão trivial me deixe tão feliz? Acho que a gente devia tentar ser assim com tudo que cerca a gente, por isso a vontade de eliminar os excessos.
Excessos que existem por mil motivos: comprei o sapato que depois descobri ser desconfortável, o vestido que exige uma lingerie específica e fico com preguiça, o creme que chegou num press kit e não funcionou pra mim… A questão é que essas coisas vão ficando e depois de um tempo sufocando. Ocupam o lugar na prateleira que poderia estar o sapato favorito, a sapatilha super confortável, a jaqueta companheira de viagem.
Tem uma coisa que reparo quando estou viajando, impossível não pensar a respeito: vocês já pararam pra observar como nós, brasileiros, fazemos questão de ter coisas novas? De mostrar que podemos comprar? Não pode ter um arranhado no salto do sapato pra achar que tá velho e na hora de trocar, ver que a bolsa descorou num pedacinho pra aposentar a bichinha… E o engraçado é que ao mesmo tempo achamos o máximo quando vemos as fotos de looks com botas detonadas, calças rasgadas e coisas do tipo. Acho que é consequência de (um saudoso) momento ecônomico bom, em que a gente tá tendo mais poder de compra e fica um pouco deslumbrado… Mas o problema é quando deslumbra de verdade e a bolsa cara que era pra ser especial vira item obrigatório e sem graça.
Final de ano é uma época ótima para fazer uma limpeza, desapegar de tudo que não usamos e tá ocupando espaço de coisas realmente legais. Outra coisa ótima para esse momento: criar uma lista de desejos, listar aquelas coisas que sempre foram um sonho de consumo pra que no próximo ano você trabalhe para conquistar aquilo e não perca o foco quando der de cara com uma liquidação. Quando a gente consegue comprar alguma coisa que deseja muito é a melhor coisa, né? Imagina se for sempre assim? Vale o esforço!
Você costuma fazer limpeza de fim de ano?
Lu, amei o texto! Realmente somos muito deslumbrados, e queremos sempre o novo e, às vezes, não damos valor aquilo que é bom, mesmo já não sendo tão novo. Faço as limpezas (tant de roupas, como coisas de casa e cosméticos) ao longo do ano. Procuro sempre passando pra frente as coisas que estão “acumuladas” ou “abandonadas”. Isso faz um bem.. é como se criássemos um fluxo, do que sai, para chegar ao novo. AMO fazer isso.. me deixa com a sensação mais. Mas final de ano, a limpeza é especial. E acho que depois de ler o seu post, vou abrir o meu armário e tirar aquilo que eu não tenho dado mais atenção, para que torne algo legal para alguém :-)
Ai Lu, que delicia de texto mais inspirador! Sempre que dá tento fazer uma faxina nas minhas coisas, mas acabo não me desfazendo porque “ah, vai que precisa, né?”. Mas ler esse texto foi o empurrãozinho que faltava pra eu faxinar com gosto e doar/dar/jogar fora tudo que tá em excesso aqui em casa. Simbora começar 2015 mais leve (por dentro e por fora)!
Obrigada pela inspiração, te admiro demais (mesmo não comentando nunca por aqui!).
Beijos,
Oi Lu ( a íntima), adorei o post!!!
Eu costumo fazer limpezas durante o ano, me deixa mais leve e funciona como uma terapia.
Coloco uma música e curto esse momento, acredito que desapegar daquilo que não nos faz falta é maravilhoso. Dar espaço para o novo é sempre muito bom e a energia gira que é uma beleza. Sou adepta a isso e auxilio minhas amigas nesta tarefa, que para algumas pessoas é tão difícil… Bom, é isso, só queria dizer que adoreiiiii !
beijãooooo
Eu me casei e ganhei uma sogra é um cunhado pra morar junto, eles têm mania de acúmulo, guardam cupom fiscal de tudo, embalagens vazias pra reutilizar, eu fico louca! E passo o ano jogando quinquilharia fora, hoje fui na dispensa e achei uma lata de ovo de Pascoal!
Com moderação vai tudo pro lixo!
Gente, amo fazer este tipo de limpeza e faço 2 vezes por ano, começo pelo meu banheiro e passo por toda casa. Quarto, quarto de filho, sala, enfim, faço uma geral. E o mais interessante e que, com o passar do tempo, nao sinto falta de nada que tirei. E bom demais!!!! Este ano ainda nao comecei a faxina, mas logo vou começar!!! Já estou cocando, louca pra fazer isto!! E a minha funcionaria fica feliz, pois e ela que sai lucrando com as arrumações daqui de casa!!!
Lu, você disse uma coisa que super concordo! “Os brasileiros, realmente tem comprado muito! E quase que inconscientemente.”
Podemos notar isso por meio da cultura do black friday, que há pouquíssimo tempo nem se sabia do que se tratava.
Amei!
É praxe, todos os anos fazemos na minha casa a “Limpeza da Primavera”. Tiramos tudo que o não usamos mais, separamos o que está bom para doação, o que é lixo, o que é reciclável…
Faz um bem danado praticar esse desapego, é libertador.
Nossa Lu!!! Amei o texto, muito bom pra refletir nesse momento de surto consumista natalino!
Nossa Lú, adorei esse post, me identifiquei total, tudo começou no ano passado quando fui aos Estados Unidos e comprei muita coisa, e barato, de volta ao Brasil tanto por ter quanto por aqui ser mais caro parei de comprar, e quer saber, essa fase de parar de “tapar buracos” às vezes emocionais com consumimos tem me feito muito bem!
Tem um ditado árabe que diz que se vc quer coisas novas em sua vida tem que ter espaço para isso, vc tem uma gaveta vazia?
Lu, desapega lá no enjoei então!
Oi Lu, é verdade tudo isso que voce escreveu, eu há um tempo comecei a desapegar das coisas mais facil, eu jntav a coisas velhas que nem eram uteis npra mim, mas agora não acumulo mais, espero usar uma maquiagem ou cosmetico até o final pra ai sim comprar um novom, e rouas quando começam a ficar velhinha já dou pra alguemq ue precise
Ei, Lu! Quanto tempo não comento, embora leia o blog diariamente… Mas esse post é a minha cara. Adoro fazer essas faxinas principalmente no meu quarto. Como é bom se desapegar de um sapato, uma bolsa ou roupa que está parada e doar pra alguém que precisa. Me sinto tão bem. Adotei algo que tem funcionado pra mim: compro uma bolsa nova e doo outra que esteja parada. Tenho feito isso com frequência, aliás, só compro depois de analisar o que poderá sair rsrsrs. Na verdade essa foi uma tática que encontrei também pela questão de espaço… senão chega um momento que não armário que dê conta. Isso é tranquilo pra mim, mas sei que pra outras pessoas não é tão fácil se desapegar. Inclusive vai começar em janeiro uma série sobre o lixo no GNT, mostrando mesmo pra onde vai o nosso excesso de desperdício. É importante lembrar dessa questão ambiental também… Bjs
Que legal ver uma reflexão sobre desapego aqui, Lu! Gosto muito desses textos mais “reflexivos” aqui no blog. Realmente, se formos analisar, de fato, não precisamos de muitas coisas. A questão é separar DESEJO de NECESSIDADE. Não precisamos, mas queremos. Muitos se tornam consumistas por querer e usar a compra como uma fuga: a satisfação pode até ser momentanea, mas passa, e depois vem mais vontade de comprar pra sanar essa satisfação, gerando um ciclo vicioso de compras.
O que realmente conta é o que o dinheiro não compra. O conforto é ótimo, claro, mas não é necessário, se formos pensar bem! Precisamos saciar a nossa fome, e não comer no Paris 6, por exemplo. Uma questão a se fazer é: se eu perdesse tudo o que tenho hoje, como eu viveria? E a resposta é: normalmente. Adaptando a situação! Por vezes esse sistema que oferece poder de compra tambem nos torna egoistas em não refletir sobre como uma peça pode custar míseros U$10,00! Algo deve ter de errado! A questão do consumo precisa ser repensada tambem pela questão ambiental! Estamos prestes a viver um colapso pela falta de recursos! Nunca tivemos tanto e estivemos tão insatisfeitos…
Quanto as coisas que você ganha ou compra e não usa: REPASSE! Doe, venda… libere espaço na casa e no coração! A vida fica mais leve em todos os sentidos possíveis!
Beijos!
Gostei muito do post, nós brasileiros as vezes perdemos a noção no quesito compras. Não sei que mulher no fim do ano não tem o armário abarrotado de coisa que não usa seja porque comprou no calor do momento ou porque usou uma vez e não se sentiu tão bem com a peça e acabou voltando para a velha e confortável sandália/sapato de trabalhar ou aquela blusa quase desbotada que sabe que está na hora de aposentar, mas que a gente ama.
No meu armário eu adotei duas regras – 1ª regra dos 6 meses – se em seis meses eu não usar é hora de colocar a disposição das primas (trocamos roupas)
2º regra se en 24 meses eu usei d+++ a ponto de a peça (não sendo uma calça jeans) quase andar sozinha ela também vai para a disposição.
depois de passar pela disposição se ninguém quis e a peça ainda está em boas condições ela vai para a sacola de doações do centro espirita.
Tenho apenas uma regra quando ao que vou doar, só passo para frente aquilo que está em bom estado.
Felizmente, eu adoro manter minhas coisas favoritas mesmo que estejam descascadas, descosturando, descolando… Remendo mesmo e sou feliz! Mas mesmo assim, sempre tem coisa acumulada… Acho que em parte é “normal”, as vezes a gente só descobre quais coisas são favoritas depois de comprar várias, e aí muitas acabam largadas de lado, né? Mas fazer limpeza também é muito bom, dá uma sensação de vida aberta pra coisas novas quando a gente vê quanto espaço apareceu! Adorei o post!
Amei o post, estou passando por essa fase de “limpeza”
sempre faço de roupas e calçados mas agora estou atacando a casa toda hehehe
beijos
Blog Dani News
Gosto de fazer essas limpezas o ano todo, é muito bom se livrar de algumas coisas que não usamos e doar pra alguém. É bom também pra pensar que compra impulsiva é muito ruim, porque logo enjoamos e já estamos doando uma roupa que mal foi usada. http://www.alemdolookdodia.com
Nossa, você falou tudo que eu penso! Amo faxinas de final de ano, jogar fora todas as coisas que nos incomodam pra circular melhor a energia e dar lugar ás coisas boas que estão bloqueadas e não conseguem entrar? HAHAHAAH é um papo meio louco, mas sei lá, acredito e sempre que me desfaço de coisas, sentimentos e etc, coisas novas surgem <3 Essa coisa de fazer lista de desejos virou regra pra mim e aos poucos to conseguindo fazer certinho! hhttp://simsemfrescura.blogspot.com.br/
Luuuu, vc ta lendo meus pensamentos!! Viajei esses 3 ultimos meses, chego em casa a vontade q tenho é de alugar uma caçamba de entulho e jogar montes de coisas fora… coisa inútil mesmo… algumas coisas q ficaram pra ser consertadas e nunca foram, quebrou mas é difícil de desapegar… :/ :/ super chateada comigo, mas já parei de comprar por impulso definitivamente logo no começo do ano… tenho focado na organização.
Essa é minha primeira casa e é alugada, pretendo comprar uma nova com o marido e não repetir nunca mais esses “erros”.
Somente o essencial, mantra pra sempre!!! :D
Bjuxxxxxxx
Lu, eu sempre faço duas boas limpezas por ano. Por volta de junho/julho e em dezembro. Mas em 2014 não consegui fazer nenhuma, por causa de várias coisas: estudo, viagens, problemas de saúde, enfim…Resultado: meu armário está um caos, logo a minha vida tbm. Por conta disso resolvi passar apenas o natal com a minha família no Rio, e voltar pra Brasilia logo depois pra poder fazer a tão esperada faxina de fim de ano nesses dias entre natal e ano novo. Doar o que não me serve mais, jogar fora o que não serve pra ninguém, consertar o que precisa. Nossa, parece que a nossa alma fica mais leve! Minha mãe e minha irmã adoram as minhas limpezas, pois acabam ganhando muitas coisas. Não levo muito a sério essa história de “energia presa”, mas acredito sim que liberar espaço nos armários, ficando só com o que a gente realmente usa e gosta, torna o ambiente mais agradável e faz bem principalmente pra gente. Até a estante de livros entra na faxina, mas essa eu já fiz e separei vários livros pra doar. Enfim, pretendo entrar 2015 não apenas com os armarios organizados, mas com a casa renovada. Beijos!
Indo texto Lu! Vc tá certíssima quando fala que o brasileiro precisa comprar o novo, tudo tem que ser sempre novo. Uma bobeira isso, realmente as coisas que eram pra ser importantes perdem o sentido. Assim como o natal né?! Não é pra ser só compras, mas desapego, caridade, doação, onde vivemos um tempo de espera. Espera por algo novo sim, mas de um ser novo! Boas festa Lu!!! Bjus
Vc sempre arrasa nos textos!
Eu faço minha limpeza semestralmente, junto quando tem que arrumar os papeis da faculdade, já pego e incluo a casa toda na arrumação. Sempre tem coisas liberar e depois ficar aguardando a melhor oportunidade para fazer a doação! No meu caso eu moro em um kitnet, nem posso chegar a acumular tanto, e é bem interessante tentar se limitar a apenas o que é necessário e o que a gente gosta muuito!
Lu adorei o texto!!! Vc sempre sendo gente como a gente, claro que muito mais roupa kkkkk bjs