Já virou parte da nossa programação mensal: toda última quinta-feira do mês a Lu faz uma live no Youtube para comentar a leitura do Clube do Livro CDG.
E como vocês escolheram em votação nos stories, o segundo título foi “Todas as suas imperfeições”, da escritora Colleen Hoover.
Durante a live, a Lu e todo mundo que participou compartilhou suas impressões sobre o casal principal da trama, desde o momento em que se conhecem, no pior dia de suas vidas, até todo o drama que colocou o casamento em risco.
Entre os pontos mais debatidos no Clube estavam a falta de diálogo entre eles e como cada pessoa reage diante uma frustração.
Esse é um livro cheio de drama, como vocês podem ver, e a Colleen é especialista em retratar relacionamentos a dois.
Se você já leu o romance, mas perdeu a live, confira aqui tudo o que rolou nela:
Por Bella: nossa colunista fala sobre a identificação com o livro
A colunista de literatura da nossa newsletter, Bella Vasconcelos, não só assistiu à live, como fez um texto sobre o livro e suas vivências que a fizeram se identificar com a história. Confira:
“Obrigada Colleen!
Acabei de assistir a live do livro do mês de março e corri pro computador pra escrever esse texto. Me inspirei vendo os comentários de vocês sobre a história, como a dor da Quinn comoveu e gerou reflexões. Eu também me comovi muito, engraçado que o meu relato não tem nada a ver com maternidade, mas quis compartilhar com vocês.
Faz quase 3 anos que mudei do Brasil pra Suécia e quando cheguei aqui, passei por um luto muito difícil, porque enquanto meu marido tinha emprego, mil coisas legais acontecendo na vida dele, a minha vida estagnou total. Foi difícil encontrar emprego e tomei a decisão de voltar a estudar. A princípio, senti o maior fracasso. Caramba, 30 anos e eu ia voltar pra escola? Parecia que a vida estava toda ao contrário e comecei a sentir o luto da pessoa que eu era no Brasil, dos sonhos que eu achava que já tinha que ter realizado, do sucesso que eu achava que devia ter. Me identifiquei muito com a Quinn nessa coisa de ter planos, sonhos que não se concretizam e ter que repensar tudo.
No fim, estudar foi a melhor coisa que me aconteceu. Por causa da escola, mudei de carreira, descobri novos talentos que nunca me daria oportunidade de descobrir porque eu achava que estava velha demais pra recomeçar. Fiz amigos, conheci pessoas que mudaram a minha vida por aqui. Mas esse processo foi muitas vezes doloroso e eu também tinha muita dificuldade em comunicar a minha tristeza, meu marido tentava ajudar, mas ele não entendia.
Até que um dia ele deu uma de Graham e me mandou isso aqui:
“Amar alguém por muito tempo é ir a mil funerais das pessoas que costumavam ser. As pessoas que estão exaustas demais para continuar sendo. As pessoas que não se reconhecem mais dentro de si. As pessoas das quais elas evoluíram, as pessoas que elas nunca acabaram sendo. Queremos tanto que as pessoas que amamos recebam seu brilho de volta; que se encontrarem rapidamente quando se perdem. Mas não é nosso trabalho responsabilizar ninguém perante as pessoas que costumavam ser. É nosso trabalho viajar com elas entre cada versão e honrar o que surge ao longo do caminho.” – Heidi Priebe
Ler esse livro foi uma terapia pra mim, terminei e mandei um áudio enorme pra Lu contanto dessa minha história que quase ninguém sabe. Quis compartilhar com vocês porque em tempos difíceis é importante também sermos gentis com nós mesmas. Especialmente em um momento histórico, onde fazer planos não é realista, adaptar é a palavra chave para ser feliz.
Até a próxima e seja gentil com você mesma!”
Conta pra gente também de que maneira o livro de tocou!
Infelizmente não consegui ver a Live ao vivo… mas AMEI o livro e amei ver as opiniões da Lu e da mulherada batendo com as minhas! hahaha
Tinha horas que dava vontade de sacudir a protagonista :CONVERSA COM ELE MULHER!!! hahahahh
Obrigada por me apresentar a Colleen ! Lerei outros livros dela com certeza!
Beijo!