Quando a gente pensa numa editora de revista de moda, logo vem Anna Wintour à mente, né? A editora chefe da Vogue norte americana é mesmo icônica, mas existem muitas outras mulheres ocupando este cargo que também merecem destaque.
Ainda no grupo Vogue, mas na revista mais jovem da empresa, Elaine Welteroth vem chamando atenção pelo seu trabalho impecável, mudando a cara da Teen Vogue. Talvez você já tenha a visto em sites de streetstyle ou no Instagram, afinal, seu estilo merece mesmo atenção.
Mas, mais do que isso, sua visão empoderada e politizada tem sigo bastante importante para a publicação – que tem como alvo adolescentes e jovens adultos que querem consumir moda aliada a outros segmentos.
Elaine tem 30 anos e está Teen Vogue há 5. Foi a primeira mulher negra a ocupar o cargo de editora de beleza e agora está à frente da revista, trazendo um olhar mais moderno, focando na produção online. Como editora chefe, é apenas a segunda mulher negra a ocupar o cargo na história do grupo editoral da revista, Condé Nast.
Uma coisa legal de se observar em Elaine é que ela é cara dessa nova fase da Teen Vogue: ainda jovem, mas muito mais moderna, antenada, empoderada e preocupada em falar sobre o mundo em que estamos vivendo. E o interessante é que, mesmo sendo a cara da revista, a editora não rouba a cena da publicação.
Outro ponto: Elaine é muito presente nas redes e isso cria uma proximidade com os seus leitores. Anna Wintour, por exemplo, parece um pouco inatingível, né? Isso também pode ser reflexo da geração anterior, em que a gente não tinha mil redes sociais para mostrar o nosso dia a dia.
Na medida certa, isso para Elaine é um ponto alto, já que ela consegue balancear muito bem o que mostra de sua vida e do seu trabalho, criando, muitas vezes, um preview pessoal e divertido do que vamos ver nas páginas ou no site da revista.
Elaine e sua equipe vieram com a missão de fazer da Teen Vogue uma publicação mais inclusiva e alinhada ao mundo em que vivemos. A linha editoral, que ainda, é claro, trabalha com moda e beleza, hoje também inclui política, feminismo, identidade de gênero e ativismo.
Pautas que, cada vez mais, se tornam importantes no nosso dia a dia e que devem atingir todas as pessoas, especialmente jovens. E a prova de que isso é importante pode ser vista em números já que, desde o ano passando, quando Elaine assumiu a chefia, o site da revista cresceu em mais de 6 milhões de visitas únicas.
Mudar é importante, e a nova Teen Vogue tem mostrado isso. Está alimentando uma nova fase no mercado editoral, criando conteúdo que conta experiências, inspira e, mais do que tudo, faz com que a gente pense um pouco mais além. Já conheciam a Elaine?
linda ela
confesso que nao conhecia
E essa proximidade dela com o publico gera mais notoriedade e aumenta o crescimento da marca
beijos
Não conhecia, mas adorei sua descrição e fiquei interessada em conhecer :)
Ela então lembra um pouco da Mônica Salgado na Glamour, depois que ela saiu ficou terrível a revista, eu assino e nem li as últimas três edições que chegaram.
Espero que a teen vogue valorize bastante o trabalho dela.
http://www.ziperchique.com.br/2017/11/como-usar-short-clochard.html
Mas como ninguém quer comprar revista de beleza para ver ativismo político e justiçagem social, a revista deixará de ser publicada devido às baixas nas vendas. Curtida no Facebook não sustenta as despesas.
Será que meu comentário será publicado?
Perfeito seu comentário. Será que é tão bom assim “politizar” a cabeça de adolescentes através de uma revista, que reflete interesses de um grupo seleto???
Na verdade, essa é uma visão bem antiquada e equivocada do mercado editorial. Nenhuma publicação vende apenas o conteúdo produzido Especialmente no caso da Vogue, que vende um estilo de vida. Se você for parar para pesquisar, as novas gerações estão cada vez mais antenadas com questões sociais e políticas a sua volta. O que a Teen Vogue está fazendo é agregar valor ao seu conteúdo e trazer informação de moda contextualizada. Moda e beleza não vivem num universo a parte do mundo real, elas interagem, influenciam e são influenciadas pelo contexto socioeconômico e político à sua volta. O sobre likes não pagarem as contas: oi? Como você acha que blogs como os da Lu se mantem? Como vivem os digital influencers? Quanto mais curtidas e visitas ao site, maior o alcance de público maior o interesse das marcas em anunciarem no mesmo, fora várias outras formas de monetização. Dá uma passada no site da revista, olha os vários anúncios marcas grandes por lá, e depois me diz se você ainda acha que essa sua lógica mercadológica do século XX funciona pros tempos atuais ;)