Quem nunca passou horas percorrendo todo o catálogo da Netflix para escolher um filme ou série? E quem tem um Kindle, já gastou tempo na lojinha sem saber qual livro ler?
Para ajudar nesses momentos de dúvida, vou compartilhar com vocês os meus favoritos culturais de cada mês. Em fevereiro, os meus eleitos foram:
Filme: Os 7 de Chicago
Baseado em uma história real, Os 7 de Chicago acompanha o julgamento de sete líderes de movimentos sociais que foram presos por conspiração e incitação à violência em 1968, após uma manifestação contra a guerra do Vietnã.
A manifestação aconteceu durante a Convenção Nacional do Partido Democrata em Chicago, e em determinado momento os manifestantes entraram em confronto com a polícia. O julgamento durou cinco meses e teve grande cobertura da imprensa.
O que mais me marcou nesse filme foi o fato de ser inspirado em um julgamento da década de 60, mas ainda ter temas tão atuais. O racismo contra Bobby Seale, um dos acusados, a violência policial, os abusos políticos… O filme consegue fazer você se revoltar e entender o que se passava na época.
Um PS de curiosidade: Tom Hayden, um dos acusados, foi casado com Jane Fonda, que também é uma super ativista até hoje, com seus mais de 80 anos.
Livro: Sem Ar
Passar o verão numa ilha remota não era o plano de Claudine Henry. Ela deveria estar viajando de carro com sua melhor amiga, aproveitando cada minuto antes de ir para a faculdade. Mas depois que seus pais anunciam o divórcio, o mundo dela vira de cabeça para baixo ― e Claude vai parar nesse destino improvável, acompanhando a mãe que tenta se reconstruir depois da separação.
Ali, a garota não tem internet, sinal de celular ou amigos. Até que conhece Jeremiah. Com o espírito livre e um passado misterioso, a química entre os dois é imediata e irresistível. Enquanto vivem aventuras pelas praias, dunas e florestas, Claude e Miah tentam não se apaixonar ― afinal, esse relacionamento tem os dias contados. Mas talvez viver esse romance seja exatamente do que Claude precisa para começar a escrever sua própria história.
Eu achei o nome desse livro sensacional. A gente realmente fica sem ar ao ler cada página, observando Claude amadurecer e entender a passagem da adolescência para a vida adulta, ao mesmo tempo que encara a decepção com o divórcio dos pais.
Um outro ponto que faz Sem Ar ser incrível é a descrição da ilha – o lugar é fantástico e poder mergulhar em um ambiente tão distante da minha realidade fez da história ainda mais especial.
Li a versão em inglês, mas a brasileira vai sair no final de Março e está em pré-venda aqui.
Série: The Americans
Dois espiões da KGB se fazem passar por um casal americano vivendo nos subúrbios de Washington. Tentando manter seus disfarces, à medida que o tempo passa Phillip (Matthew Rhys, de Brothers & Sisters) e Elizabeth (Keri Russell, de Felicity) começam a adotar uma postura cada vez mais de casal que de espiões. Atendendo às exigências de seu governo, eles têm como missão controlar a rede de informações entre os espiões que operam no país. Enquanto isso, os filhos do casal, sem desconfiarem da verdadeira identidade dos pais, vivem como dois típicos pré-adolescentes americanos. No elenco também está Noah Emmerich, que interpreta o vizinho de Phillip e Elizabeth, um agente do FBI que começa a suspeitar da atitude do casal.
Comecei a assistir The Americans por indicação de algumas seguidoras em uma caixinha de perguntas. A série tem 6 temporadas e terminou em 2018, e está atualmente disponível no Prime Video da Amazon. Confesso que não é uma série que me atrairia de cara, mas o fato de ter Keri Russel me animou a tentar. Eu amava Felicity, a série que transformou Keri em estrela no início dos anos 2000. O par de Keri é Matthew Rhys, que fazia Brothers & Sisters (eu nunca assisti, deveria?). O casamento na série virou real pouco depois da primeira temporada de The Americans e hoje eles têm um filho juntos.
Amo que a série se passa nos anos 80 e acho estranho o mundo sem celulares e internet, é bem interessante ver as estratégias de espionagem (e os disfarces, hahahaha, eles são hilários!) que eles usavam. Elizabeth e Phillip vão ficando mais próximos ao longo dos episódios e a gente começa a torcer pelo casal e pelas missões absurdas que eles recebem.