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Moda

Meu e seu: três empresas pra aumentar as opções do seu armário sem comprar roupa nova

20.11.2015
Redação Chata de Galocha

Acho que depois do famoso “comer e não engordar” o sonho de toda mulher deve ser algo do tipo “nunca mais repetir roupa”, afinal quem nunca quis ter um look diferente para cada ocasião? Acontece que para isso seria necessário, além de muito dinheiro (!!), ir contra uma ideia muito bacana e que agora está ganhando muita força: o consumo consciente.
Consumir com consciência é legal porque bota todo mundo pra pensar nas reais necessidades de investir em uma peça de roupa ou acessório, independentemente do preço. É aquela coisa de avaliar qual a real necessidade de comprar aquilo partindo da funcionalidade que ela vai ter na sua vida dali em diante, por isso não existem fórmulas para consumir de forma racional já que cada pessoa tem diferentes necessidades quando compra algo novo, né? Outra coisa que eu acho muito interessante no consumo consciente é a questão da preservação ambiental. A indústria têxtil está entre os quatro tipos que mais consumem recursos naturais e que mais poluem. Consumir menos, no caso, significa deixar menos marcas no meio ambiente.
Eu, que poderia ser presidenta do clube “Comprei e não usei”, hoje tento evitar isso ao máximo, embora seja difícil porque é uma delícia estar sempre diferente! Para quem quer aderir ao consumo consciente mas não quer abrir mão dos looks variados, dou aqui a dica de três empresas muito legais que têm ajudado pessoas que buscam por visuais diferentes, mas por algum motivo não querem investir em uma nova peça. De quebra, elas vêm cumprindo direitinho o pré-requisito de ajudarem a poupar os recursos naturais. O mais legal é que todos eles têm um mote comum e que também está super em voga hoje em dia: o compartilhamento!

roupateca
A Roupateca funciona dentro da House of Work, uma casa fervida em São Paulo com espaços compartilhados tipo cozinha, sala de aula e sala de eventos. Eles chamam a Roupateca de “Netflix de roupas”, mas eu vejo mais como uma locadora, porque aqui eles trabalham com sistema de assinaturas que vão de R$100 a R$300 e permite o assinante alugar até seis peças do acervo deles por mês. Conversei com Beppe Gasparini, que toma conta de todos os espaços da House of Work, e ele me contou que, no acervo da Roupateca só entram coisas legais e selecionadas por gente que entende de moda: de peças doadas pela equipe da extinta MTV a marcas que vão desde a varejista Zara até Christian Dior“Queremos montar um acervo casual para homens e mulheres e principalmente incentivar o compartilhamento, que é o futuro”. Inaugurado há pouco menos de um mês, a Roupateca já trabalha com cinquenta sócios, a capacidade máxima para um período de teste. Como está dando super certo, eles planejam expandir em breve. Ah! Se você quiser compartilhar uma peça que não usa mais, ela vai passar por uma avaliação da equipe da casa e se aprovada, vai te render aluguel de peças.

myopencloset
Na My Open Closet, Lorena Oliveira, proprietária do negócio virtual, mirou em dois públicos: as meninas que não gostam de repetir roupa e aquelas que têm vários vestidos encostados no armário e querem ganhar uma graninha extra com eles. Com um acervo pra lá de grifado, além de poder alugar marcas como Valentino, Pucci, Dolce & Gabanna, Vivaz e Barbara Bela a partir de R$150 também é possível disponibilizar um vestido seu para aluguel. “Repetir roupa quase nunca é uma opção quando o assunto é festa, mas por outro lado, é impossível comprar um vestido diferente a cada evento”, contou. Hoje, a My Open Closet conta com mais de cem vestidos de meninas do Brasil todo, muitos deles da própria Lorena que costumava comprar um vestido por evento, há tempos atrás. Ela me disse que é preciso muito desapego para colocar uma peça querida na roda, mas é melhor do que ter o vestido encostado no armário. “Tem um Valentino que comprei com a intenção de usar quando fosse me casar no civil, mas nunca usei e provavelmente nem serei a primeira a usar”, ri.

armariocompartilhado
Numa simpática casa em um bairro tradicional de Belo Horizonte fica um Armário Compartilhado tão grande que poderia ser chamado de closet. Comandado pela simpática Margareth Elisei e suas filhas Ana Luisa e Juliana, aqui é tudo muito profissional e tem mais de dois anos de existência. O negócio que começou com 26 vestidos hoje conta com mais de 700, dentre curtos e longos de marcas como Patrícia Bonaldi, Regina Salomão e Adriana Papell. Hoje a Margareth fica na loja o dia inteiro e adora montar looks para as clientes mais indecisas. Tomamos um café e ela me disse que têm meninas que compartilharam seus vestidos e já lucraram 6 mil reais com eles, olha que incrível! Para quem é de Beagá e quer deixar um vestido de festa no Armário Compartilhado, a Margareth manda avisar que ele deve estar em bom estado de conservação e com modelagem e tecidos atuais (ou seja, não adianta levar aquele seu tubinho de tafetá de 1900 e Justin no N’Sync porque ele não vai passar na curadoria da Margareth!). Ah, e quem deixar uma peça lá recebe login e senha para saber quantas vezes o vestido foi alugado e quanto tem para receber.

Quem tiver dicas de outras empresas com serviços parecidos deixa aqui nos comentários ;D

11 Comentários  |  Deixar Comentários

Comentários:
  1. Daniela    20/11/2015 - 12h35

    Iza, a ideia é incrível e mais legal ainda é compartilha-la em um blog com tantos acessos. O mundo não comporta essa produção desenfreada! Bora conpartilhar!

  2. Gabriela    20/11/2015 - 14h13

    Demais essas empresas, poderia ter isso aqui em Porto Alegre! http://www.alemdolookdodia.com

  3. Lady Cat    20/11/2015 - 16h29

    Muito legal as dicas

    bjs

    http://ladycatblog1.blogspot.com/

  4. Élida Tetzner    20/11/2015 - 20h08

    Nossa… achei mto legal! Nunca tinha ouvido falar nesse tipo de serviço!
    Bjinhus

  5. Elaine    22/11/2015 - 10h55

    Nossa, que bacana essas iniciativas empreendedoras, com certeza esse será o caminho pro futuro sustentável dos negócios. Também entrei nessa vibe faz algum tempo, só compro coisas que realmente preciso e olha que eu era super consumista, mas agora analiso bem minhas compras.

  6. Marina YS    22/11/2015 - 16h34

    Adorei esse post! Nem sabia que existiam empresas assim, mas realmente, arte do desapego tem que predominar.

  7. Fernanda    23/11/2015 - 06h14

    Gente, que ideia legal!! Muito futurista! É a tendência realmente. Parabéns pelo post, muito interessante.

  8. Cristina    23/11/2015 - 11h40

    Adorei!!!
    ótima ideia!

  9. Paty    24/11/2015 - 11h34

    Acho super bacana, mas eu sempre tenho um pé atrás em alugar roupas porque sou muito fresca com a higiene das coisas que uso e como não sei o processo de limpeza e tal, não sei se investiria hahahahahaha (mais pra louca do que fresca, ok). Mas, pra quem não tem problemas com isso (ou seja, pra quem é normal, ahahahahaha) é uma opção incrível! Até porque evita justamente aquela compra tipo “preciso de uma roupa que sei que nunca mais vai usar”, como um vestido fino e longo para um casamento, ou algo assim, porque se você o usou em um casamento, certamente não vai querer repetir no próximo né, hahaha.

  10. Alexandra    07/12/2015 - 20h44

    Alguém conhece um lugarzinho como esses aqui no Rio?! =)

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