Ano sim, ano também, Woody Allen nos presenteia com mais um filme seu em cartaz. E, se geralmente os filmes do cineasta não são grandes sucessos de bilheteria, inclusive no Brasil, desta vez a história está sendo um pouco diferente, não sei se por causa da escolha da cidade: Paris, ou dos atores escolhidos: Owen Wilson, Rachel McAdams e Marion Cotillard. Fato é que o filme teve uma excelente bilheteria em seu final de semana de estréia no país!
Woody Allen é um dos meus cineastas favoritos. Já assisti demais, estudei demais e até já dei aula só sobre ele! Hahaha! E o que observo (assim como alguns teóricos que já escreveram sobre o diretor) é que o trabalho de Woody Allen, às vezes, parece ser dividido em fases. No início, eram filmes com humor bem rasgado, com muitas piadas físicas (tipo escorregar em uma banana e cair!) e muitas referências e citações a outros filmes e obras importantes para o diretor. Em seguida, Woody Allen começou a desenvolver um humor mais refinado, mais intelectualizado, preocupado com questões existenciais, mais neurótico e hipocondríaco e essencialmente nova-iorquino, digamos assim! Depois Allen foi aprimorando seu estilo e começou a querer experimentar coisas diferentes, voltando seu foco para o drama. Filmes como “Interiores” e “Hannah e suas Irmãs” são bons exemplos dessa fase do diretor, que acabou não agradando muito ao público…
Então, ele volta a fazer o que faz de melhor, comédias, mas sempre tentando inserir algum elemento mais dramático, como que para fazer o público também refletir e não só rir… Mas o que é muito claro é que Allen parece estar sempre repetindo os mesmos temas, tratando as mesmas questões, contando as mesmas piadas. Como se fosse um trabalho constante e sem fim de aprimoramento dos filmes que ele já fez, mas sempre apresentando novas questões, novos elementos, novas maneiras de se olhar para as mesmas coisas.
Atualmente o cineasta começou a desenvolver uma fase que tenho gostado muito, embora ainda não esteja muito bem definida… Parece que o diretor escolhe uma cidade no mundo que gostaria de filmar e escreve toda uma história de acordo com o que sente daquele país, de acordo com a forma com que enxerga a vida e as pessoas de cada local. Começou com “Match Point”, na Inglaterra. Um filme frio e calculista, dotado inclusive de uma certa falta de esperança e de uma maneira muito objetiva e pouco romântica de se encarar a vida. Depois veio “Vicky Cristina Barcelona”, um filme muito mais colorido, com personagens mais vivos, cheios de emoções e confusões, que não deixam de tirar proveito do que a vida tem de melhor.
E agora com Paris em “Meia-Noite em Paris”, Woody Allen pega toda a aura boêmia, romântica e fantástica da cidade e a transporta tanto para a história que está contando quanto para seus personagens! Mais uma vez todos os elementos dos filmes de Woody Allen estão ali: o humor intelectualizado, uma pitada de hipocondria, citações e referências, relacionamentos conturbados e mal resolvidos, questões existenciais… Mas parece que tudo sob uma ótica diferente, como se o filme tivesse passado por um filtro ou uma lente especial. Uma “lente Paris”, que faz com que tudo tenha um toque diferente, um sabor diferente. E encantador, assim como a cidade.
Não vou contar muito sobre o filme porque acho que a graça é realmente não saber muito sobre ele e ir descobrindo-o aos poucos, aproveitando cada piada, identificando cada referência ou citação, deliciando-se com as imagens e encantando-se cada vez mais com a doce história que se desenrola na telona. E foi assim que sai do cinema: encantada com o filme e com a Paris que Woody Allen me apresentou e já ansiando pelo próximo filme do diretor, ano que vem!
PS: E lógico que sai do cinema ansiando por outras coisas também, tais como ver o filme mais umas três vezes, voltar para Paris o mais rápido possível e ter o armário inteiro da Marion Cotillard! Aliás, sai do cinema querendo SER Marion Cotillard! Hahahah!
Match Point é um dos meus filmes favoritos. Esse com certeza vai ser sucesso!
Nice Post!!!
xx
Ai, posso dizer que saí do cinema com as mesmas impressões? Adorei sua crítica que não conta o filme. Vontade de ver de novo…
Beijoooo!
Rê, como disse no texto, fui pro cinema sem saber muito do filme e ADOREI! Achei que não teria graça contar maiores detalhes, mesmo que no trailer e nas sinopses mencione alguma coisa!
=)
Para quem AMA Paris como eu, vale super a pena!!!
Lorena, me deixaste com ainda mais vontade de assistir, e aqui no interior do Brasil vai ser difiiiicil chegar! Além disso amei o texto, tão apaixonado pelo tema
Gabi, quando quero muuuuuuuuito ver um filme e sei que ele não vai chegar aos cinemas daqui, baixo na internet mesmo! Pronto falei! Rs! E que bom que gostou do texto! Sou apaixonada MESMO por Woddy Allen e se deixar falo hoooooras! Rs!
to louca pra ver!!!
ja tinha lido uma resenha otima sobre ele na epoca e agora fiquei com mais vontade de ver
bjoo
Taí um cara estranho: Woody Allen, mas gosto muito rsrs. Gosto da melancolia q ele consegue colocar em seus filmes sem transforma-los em dramalhão, comédias com tanto fator real mas sem perder a poesia q a arte deve ter.
Adorei o post!
=)
Eu ameiiiii, vi hoje e fiquei muito feliz de não saber nada do filme antes de assistir! Foi uma grata surpresa! A Marion é demais, mas eu amei o figurino da Rachel McAdams, usaria tudo ahahahhaa
To esperando chegar aqui! Adoro os filmes de woody…são ótimos para explicar algumas teorias e mesmo termos da psicanálise! Os que eu mais uso em aula sao: zelig, tudo o que você gostaria…, tudo pode dar certo e match point.
Adorei o post!
Simplesmente amei o filme! Fui sem saber muito da história também, e sai querendo ir pra Paris correndoooo! O lado bom da história é que estou indo pra lá de fato, fazer intercâmbio! Mas recomendo o filme à todos, porque não tem como não se apaixonar pela cidade da luz!
amei o filme!
http://www.fashionchips.com.br
Mal posso esperar para ver o filme! Diz o próprio Woody Allen que seu próximo filme será rodado no Rio de Janeiro. O projeto ainda não tem data pra sair do papel, mas também estou louca para conhecer o resultado final. Beijo!
http://www.roadtripdanina.com
Nina, como a Drica já disse logo abaixo, o próximo filme é em Roma (vou morrer de amores tbm, porque acabei de voltar de lá! ai ai!). Na verdade, Woody Allen já até mandou sua equipe para sondar o Brasil para um futuro fime, mas o cineasta ainda está em dúvidas. Dizem por ai que ele acha o Brasil muito quente e que não sabe se vai aguentar filmar com o nosso clima. Argumento que acho uma bobagem, na verdade, porque ele rodou Meia-Noite em Paris em pleno verão europeu, que pode chegar a ser até mais quente que o nosso! Mas, enfim, vamos aguardar e torcer! Curiosa para saber como Woody Allen retraria nosso país! =)
Eu estou torcendo que ele escolha o Rio para o proximo. Mas, aqui nos Estados Unidos estao dizendo que ele ja escolheu o casting, a Penelope Cruz fara parte e que o lugar escolhido pelo Woody foi Roma.
O proximo sera em Roma.
Acabei de voltar do cinema e vim ler o blog e pra minha grata surpresa o post é sobre esse adorável filme…adorei, fui sem saber do que se tratava direito (só sabia que era Woody Allen, então tava segura!)Gostei mto da sua crítica, tb adoro Woody Allen, acho incrível, principalmente a maneira simples de filmar. Essa fase em que ele se encontra (das cidades, com todas as suas características, assim como vc definiu) é, sem dúvida a melhor.
Um beijo
Já estava com vontade de assistir o filme e lendo o seu post a vontade aumentou ainda mais. Não consigo esquecer a sensação boa quando assisti “Vicky Cristina Barcelona”. Deu vontade de sair correndo conhecer Barcelona…hahahah
Acho que depois que eu assisti o novo filme, a minha vontade de conhecer Paris vai aumentar ainda mais.
Beijos,
http://mariamocoila.blogspot.com
Excelente o filme e sua descrição sobre essa baixinho fabuloso… O melhor de tudo é que ele sempre coloca personagens que interpretam ele mesmo. Na hora da discução dos brincos, quase pensei que fosse o próprio Woody Allen e não Owen Wilson naquela cena!
Beijinhus,Mayana
baonilha.blogsopot.com
Mayana, são sempre variações de um mesmo personagem, né? Claro que o personagem fica perfeito mesmo quando o próprio Woody Allen o interpreta, mas outros atores tbm conseguiram ficar muito bem no papel como o Owen Wilson e o Larry King (em Tudo Pode Dar Certo), só para citar alguns! Agora outros não dão certo mesmo!
Oba! Adorei seu post, eu vi o filme antes de ler o post e achei perfeito, é exatamente isso. O personagem principal é o Woody dos velhos tempos, bem neurótico e engraçado. E Paris é uma personagem por si só. Mto lindo.
http://vejofloresemvoce.wordpress.com/
Nossa, adorei seu post…..
Dele só asssiti Vick, mas agora fiquei com vontade de assistir outros e esse…
Bjuus
http://mandalacriativa.blogspot.com/
Levei o amor para assistir ontem, apesar de não ter gostado do final (ele e outros homens no cinema ficaram impressionados quando acabou, esperando algo mais) disse que gostou do filme… Woody está cada vez melhor, acredito que este tenha sido um de seus melhores trabalhos, junto a alguns como Vicky e Cristina em Barcelona…
Se quiser fazer um post especial Filmes+Woody Allen, ficaria muiiito feliz! (hehe)
Amei seu post,
Bjo
Bom FDS!
Fui ver na pré-estreia e já voltei ao cinema para rever esse filme. É maravilhoso!
Adorei o post, costumo dizer que de 2 um o Woody acerta e este foi o do acerto, filme fabuloso. Tb fiquei super feliz de não ter sido a única q saiu do cinema querendo se mudar para Paris e pensando em como me tornar Marion Cottilard rsrs
Bjo
meu filme preferido do Woodynho é Interiores. como eu amo aquele filme! gostei bastante de Meia noite em Paris ainda mais depois daquele filme bem mais ou menos que foi o Você vai conhecer o homem dos seus sonhos. Já leu o livro Conversas com Woody Allen?
Hummm… Não sei! Já li um livro do Eric Lax sobre o Woody Allen, mas acho que não foi esse! Depois vou procurar pra ler! Também gosto muito de um escrito por Neusa Barbosa. Tem umas análises e idéias legais! Mas ainda não li nenhum livro escrito pelo próprio Woody Allen
Adorei o post, Lorena! Saí do cinema refletindo bastante… e agora vi o seu post que explicou direitinho as minhas impressões!
Uma das coisas que eu rinha reparado foi que, mesmo ele retratando outro país, ele coloca personagens americanos no filme (a Scarlett no Match Point e no Vick Cristina, junto com a amiga dela. O Owen Wilson, a noiva e os pais dela no Meia-Noite)… e que isso me ajudou a ver as diferenças culturais/comportamentais entre as nacionalidades. Por exemplo, o ingleses me pareceram todos super recatados e tradicionais no Match Point… já a personagem da Scarlet chega como uma americana sexy, desencanada, tentando a carreira de atriz…bem diferente da esposa do personagem principal.
Acho que estou me apaixonando pelos filmes dele! rsrs. Os personagens são mais reais que nos filmes hollywoodianos, que parecem ser todos no mesmo molde, e sempre com os mesmos finais! rs.
Clarissa, acho que é por ai mesmo! Afinal de contas, Woody Allen é norte-americano e conhece muito bem seus iguais! Por isso sempre um personagem vindo dos EUA! Os outros nada mais são que visões que ele tem das pessoas de cada país, né? Lembra de Penélope Cruz em Vicky Cristina Barcelona? Do exagero que ela era? Rs! Chega até ser um pouco caricatural! E, sou suspeita pra falar, mas AMO Woody Allen! Se tem gostado cada vez mais, sugiro que assista outros filmes dele! Depois me conta! =)
Nossa Lorena, vc traduziu tudo o que pensei do filme. Também fui assistir sem saber nada do enredo, acompanhada de três amigos que não conheciam Woody Allen (assustador, eu sei). Eles me perguntaram sobre o que era o filme e eu disse “Não sei, gente, mas Woody Allen nunca me decepciona. Eu tenho certeza que é bom”. Eles me olharam meio torto e percebi que estavam meio duvidosos, hahaha. Acontece que no final saíram todos apaixonados pelo filme, pela fotografia e pelos atores (que me surpreenderam), e restou a mim o clássico “Eu disse”. Estava lá, o mesmo Woody de sempre, no padrão clássico de seus filmes de que nunca me canso, porque sempre ficam mais refinados. Vontade de ir pra Paris e nunca mais voltar, assim como tive vontade de ir pra Barcelona e ficar por lá quando assisti Vicky Cristina.
Lorena, com todo o respeito, como assim Hannah e Suas Irmãs não agradou ao público? É um dos filmes mais lembrados dele. E você coloca esse filme como se fosse da mesma fase de Interiores, que foi feito 8 anos antes, justamente no meio da so called “fase nova yorkina” (Manhattan, Annie Hall, etc).
Sinceramente, achei reducionista essa divisão em fases e foi péssimo usar Hannah e Suas Irmãs como exemplo, seja por inadequação temporal, seja por ser um dos maiores sucessos do Woody. Talvez “Memórias” seja um outro filme mais “experimental” que agradou menos, mas novamente, intercala com filmes tipicamente nova yorkinos…
Ana Carolina,
Realmente não dá pra explicar muito bem a divisão em fases que fiz, baseada em tudo que já estudei (e em alguns teóricos que já escreveram sobre Woody Allen) num post de blog e, de certa forma, é até meio complicado citar e não explicar muito bem, mas achei que seria interessante para algumas pessoas enxergar os filmes de Woody Allen dessa forma. Não sei se é reducionista ou não, mas gosto de acreditar que é mais um ponto de vista sobre os filmes dele.
E não falei que “Hannah e Suas Irmâs” foi mal aceito pelas críticas e sim que a FASE DRAMA não foi bem vista. Ou você não enquadra esse filme nas tentativas do diretor de fazer filmes com temáticas mais dramáticas e afastadas do tipo de “comédia” que ele está acostumado a fazer, independente da questão cronológica? Por exemplo, muita gente considera “O Escorpião de Jade” uma retomada da primeira fase, de humor menos “intelectualizado” e físico! E quanto tempo se passou desde os primeiros filmes dele até então?
Acho que, em se tratando de Woody Allen, um cineasta que está sempre recorrendo aos mesmos temas, personagens, situações e afins, indo e vindo sempre no seu trabalho, numa tentativa de aperfeiçoá-lo, é meio complicado ficarmos presos só na questão cronológica das coisas! Quer dizer, pelo menos eu penso assim! Você tem todo o direito de pensar diferente!
=)
Ps: sobre a fase nova iorquina, muitos teóricos consideram o ápice dessa fase o que chamam de “trilogia de NY”, que são os filmes que você citou: Annie Hall, Manhattan e Memórias. E, apesar de Interiores ter sido feito logo depois de Annie Hall, não é considerado um filme dessa fase, justamente pela temática diversa. Enfim, só mais um comentário mesmo.
Filme fantástico, com ótimos takes de Paris….
Woody Allen é um dos meus diretores favoritos, seus filmes são incriveis, mágicos, de uma beleza única. Só que não gostei de uma coisa nesse filme: da escolha do chatérrímo Owen Wilson para o elenco..esse cara não me desce, acho que o Woody poderia ter escolhido outro ator, fiquei aqui imaginando o fofo e carismático Alex O’Loughlino por exemplo.. ..mas o filme é lindo.
Estou louca para ver o filme e louca para conhecer Paris!!! ( Vou p/ França final do ano)
Eu sou apaixonada pela França :D
Achei ótimo seu comentário sobre o filme, acho que a maior parte das pessoas que leram adoraram e ficaram com mais vontade ainda de ver o filme!!
Beijos ^^
http://www.cutegirlsdreams.blogspot.com/
Nossa, adorei esse filme!
Ele fez menção a duas épocas muito felizes da Paris por trazerem riqueza para a cultura francesa, anos 20 e a Belle Époque. Foram duas épocas de muita beleza na moda.;) Bjs!